14 de agosto de 2009

Big Matéria completa da Entertainment Weekly

O diretor Weitz substituiu a diretora de Crepúsculo, Catherine Hardwicke. E a campanha para Lautner continuar como Jacob foi intensificada. E recentemente, Rachelle Lefevre, que interpreta a vampira Victoria, foi substituída por Bryce Dallas Howard no terceiro longa Eclipse. Cada um desses fatos deveria desagradar os fãs – mas só reforçou o compromisso com a franquia. Alguém duvida que Lua Nova será um sucesso? Talvez seja por isso que o set parece um acampamento de verão – ainda que seja um acampamento frio, escuro e cheio de vampiros e sangue. “De um jeito estranho, há menos pressão desta vez já que sabemos o que as pessoas querem ver”, diz o produtor Wyck Godfrey. A Summit Entertainment, o estúdio por trás dos filmes, garante que eles se manterão fiéis à visão de Meyer. “Eu disse a Summit que mesmo que eles escolhessem um macaco falante para dirigir o filme, ainda sim Lua Nova seria um sucesso”, diz Weitz.

Weitz substitui Hardwicke apenas algumas semanas após o estrondoso sucesso de Crepúsculo nas bilheterias em Novembro do ano passado. Há declarações diversas sobre a saída da diretora, Catherine teria deixado a direção da franquia por conflitos de agenda ou porque ela quis sair. Entre outras coisas, um orçamento maior foi disponibilizado para Lua Nova e mais tempo para ser filmado. O que ninguém discute é que o estúdio precisava de um diretor que pudesse expandir horizontes com essa sequência, que ainda conta com grandes lobisomens e locações na Itália. A Summit também queria um diretor com experiência em efeitos especiais, já que a cena de Crepúsculo na qual Edward se expõe à luz do sol e começa a brilhar foi um tanto ridícula, e parecia mais um comercial de loção hidratante para o corpo.

Weitz tinha o que era preciso. Graduado da Universidade de Cambrigde, ele passou três anos trabalhando na produção da adaptação da obra de Philip Pullman, A Bússola de Ouro. O filme não agradou aos críticos, mas levou o Oscar de efeitos especiais. E apesar de ser, vocês sabem…homem, Weitz parecia ser o melhor para dirigir Lua Nova. Consciente de que o gênero do filme seja um ponto a favor com os fãs, o diretor diz que andar pelo set ajudava a baixar seu nível de testosterona. “Sempre fiz filmes mais voltados para mulheres”, ele diz. “Estou na sintonia feminina mais do que a maioria dos outros diretores. A última coisa que quero fazer é estragar tudo.”

A partir do momento em que foi contratado, Weitz teve que lidar com o problema da volta de Taylor Lautner como Jacob. Será que ele seria o ator certo para um personagem como o Jacob? Será que ele seria capaz de deixar de ser aquele garotinho para se transformar numa fera? “Se havia uma coisa com a qual ficamos petrificados, era a decisão de quem seria Jacob”, diz Godfrey. Eles escolheram Lautner novamente, não apenas por Weitz ser seu fã, mas também por causa de Kristen Stewart. “É compreensível que eles quisessem ter certeza de que ele era e pessoa certa”, diz a atriz de 19 anos. “Ele era muito novo, tinha apenas 16 anos. Mas eu sabia que era para ser ele. Somente por causa do que eu senti com ele por perto. Eu literalmente vi o Jacob nele. E como funcionou a química Bella-Jacob no set? “Nós temos esse tipo de relação”, ela diz. “É muito fofo. Eu amo aquele menino. E faria qualquer coisa por ele. Eu mataria por ele, literalmente.”

Não é preciso dizer que Lautner – que interpretou o SharkBoy no filme de Robert Rodriguez As Aventuras de SharkBoy e LavaGirl em 2005 – está animadíssimo por participar do filme. Ele fala como é ficar no set sem camisa sob chuva congelante, sobre o número de cenas que tem que fazer, e é claro, sobre o maior desafio, se transformar em lobo. “Às vezes, teremos que gravar duas cenas no mesmo dia, uma da pré-transformação e outra da pós-transformação”, diz Lautner, agora com 17 anos.”Eu tenho que mudar completamente meu personagem, tipo ‘Está bem, agora sou o pequeno Jacob, e agora sou um grande e malvado lobo’”.

Pelo andar das coisas no set, Lautner irá encantar as fãs conhecidas como Team Jacob. O nativo de Michigan teve que ganhar 13 quilos de massa muscular, com a ajuda de vitaminas e comidas calóricas durante intensos 11 meses de treinamento. Mas o que pode chocar alguns controversos é o fato de que além de se esforçar para ganhar músculos, Taylor atua muito bem. “Eu acho que ele surpreenderá as pessoas no filme”, diz Weitz, três semanas antes de partir para a edição do filme. “As pessoas já viram como seu corpo ficou e tudo mais, e é incrível porque é difícil acreditar que alguém consiga ficar em plena forma. Mas ele atua muito bem. Ele não ficava só malhando o dia todo, ele também se dedicava lendo o livro.”

Stewart também tem se dedicado aos livros. Ela pode até conhecer Bella mais do que Meyer, e como vários no set, ela não deixará nenhum diretor ou roteiro alterarem as intenções originais da autora. “Nós sentimos que devemos proteger a história”, diz a atriz, que não tem problema algum em parar uma cena quando a personagem soa falsa. “Os diretores estão mudando, e é emocionante ter novas opiniões, e ao mesmo tempo é como ‘Olha, isso pode ficar melhor do que aquilo que criamos’”.

Enquanto filmavam o primeiro filme, a Summit pediu a Stewart e Pattinson que maneirassem na angústia adolescente. Agora Stewart mergulhou de cabeça na tristeza de sua personagem. Ela diz que chegou ao seu limite numa longa e fria noite na floresta, enquanto filmava a cena em que Edward abandona Bella. “Antes de gravar a cena, eu estava sentada no meu carro, chorando pra valer, chorando tanto que não conseguia respirar”, ela diz. “Porque eu estava muito envolvida e intimidada pela cena. Todos dizem, ‘É melhor ela colocar mais emoção nesse filme!” E é uma cena muito importante quando ele vai embora.” A cena deixou ela exausta. “Eu ficava pensando, ‘Temos que fazer isso dar certo agora’”, ela lembra. “Me avise quando acabarmos.”

Apesar da grande emoção em Lua Nova, o diretor Chris Weitz permaneceu calmo e pensativo, diferente da agitada Hardwicke, assim como Jacob é diferente de Edward. Havia dias que Weitz vestia uma camisa com o slogan da WWII Britânica “Mantenha a calma e siga em frente”. Às vezes, ele sentava em sua cadeira e lia romances de ficção científica, enquanto a equipe se preparava para a próxima tomada a ser gravada. “Crepúsculo foi muito mais que uma luta”, diz Stewart. “Todos estavam apavorados. Precisávamos fazer algo comercial, mas que ficasse fiel ao livro. Não tínhamos muito dinheiro. Tudo foi muito impulsivo, e é o que eu amo naquele filme.”

Ela faz uma pausa. “Mas eu acho que Lua Nova será ainda melhor.”

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